quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Quando Você Virou Gay?

O título do post é uma provocação, mas na verdade ele surgiu de uma pergunta que maridão me fez na noite de sábado. Após uns "bons drink" ele me perguntou quando que a homossexualidade surge na vida da pessoa. 

A primeira coisa que vem à mente diante de uma indagação dessas é imaginar que ninguém vira gay, a homossexualidade já está lá desde o nascimento e que ela só passa a ser consciente num dado momento da vida. No entanto, a medicina ainda não foi capaz de afirmar categoricamente que se nasça com esta predisposição, nem a psicologia descartou de vez a influência do meio na formação do indivíduo. Tudo ainda é muito vago e abre espaço para teorias esdrúxulas ou meros palpites. 

Nosso palpite é de que a gente tende a enxergar como uma unidade algo que não o é. Em outras palavras, a gente chama de "gay", para simplificar, pessoas que não necessariamente possuem a mesma realidade no que se refere à sexualidade. Neste sentido, a homossexualidade não precisaria se dar da mesma forma para todos. 

Na vida deste casal, a "descoberta" se deu em momentos bem diferentes. Maridão afirma que já sabia na infância, eu só percebi que havia algo diferente na adolescência, mas poderia já estar lá desde sempre e todos ao meu redor saberem antes de eu "descobrir". 

Como somos curiosos e pretendemos ficar nos palpites, decidimos perguntar a vocês: quando vocês tomaram conhecimento de que eram homossexuais? Gostaria de saber a resposta de vocês a respeito pois no próximo post vamos falar sobre a questão da "cura" da homossexualidade - e toda a polêmica que a questão envolve - e os depoimentos serão importantes para o texto, no qual a gente vai dar nosso depoimento pessoal. 
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18 comentários:

  1. Eu sabia que era diferente logo quando criança. Acho que aos 6. Era estranho, diferente e achava que era errado por causa do meu pai que sempre afirmou não querer filho bicha e maconheiro em casa. Qdo chegou a adolescência foi pior, pois fui trendo conhecimento sobre o assunto e a vontade de morrer era gigantesca. Só superei aos 23 que foi qdo me assumi e comecei a ter orgulho da pessoa que me tornei.

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  2. eu tb sabia q era diferente desde mto cedo, desde antes dos sete anos de idade, a partir dos sete anos eu já acreditava que ia pro inferno pq era gay (meu vizinho era evangelico e ele me dizia essas coisas pq provavelmente pra ele era bem óbvio q eu era gay). com isso minha primeira relação homoerótica, foi aos 12 anos com um vizinho de 14 anos, estes encontros fortuitos duraram até os 17 anos, quando eu entrei numa espécie de ano sabático, decidi me tornar celibatário pq simplesmente não sabia que alguém que era gay poderia ter um relacionamento normal e saudável, só fui saber disso aos 21 anos qndo comecei a frequentar bares e boates gays e descobri que as pessoas namorava e tal...

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  3. eu me percebi "diferente" aos 6 anos qdo me "apaixonei" pelo dono do bar q existia perto de minha casa ... o cara devia ter uns 28 anos ... uma delícia ... ele parecia o Tenente Rip Master do Rin Tin Tin ... ai ai ... mas só me assumi de forma categórica e tranquila qdo conheci a marida ... 23 anos de idade ...

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  4. Eu já sentia atração por garotos desde muito cedo. Tinha meus 5 ou 6 anos e me recordo (vagamente) que não tinha os hábitos de "meninos comuns". Eu sempre gostei mais de analisar os meninos do que as meninas, embora eu tenha até tentado me interessar por garotas. Quando cheguei aos meus 10 anos e tomei consciência de sexo e tal eu fiquei apavorado porque gostava de garotos. Eu também tinha trejeitos afeminados e sempre era repreendido por minha mãe. Até que com 14 anos eu tentei entender melhor o que é ser homossexual e me aceitei como tal. Eu decidi que iria ser assim e não iria tentar mudadar isso que estava dentro de mim. Com 14 anos eu me assumi pros meus melhores amigos e pra minha mãe. Eu fiz isso porque achava serem as únicas pessoas que realmente deviam saber quem eu realmente era. Minha mãe me aceito de boa assim como meus amigos. Até hoje eu não tive nenhuma rejeição por ser gay. Mais eu tenho apenas 16 anos hoje.
    Essa é minha história sobre aceitar-se como gay. =D
    Jonathan [Fiz uma pequena bibliografia ahahaha espero que não liguem ;)]

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  5. Complicado falar disso, no sentido em que desde que eu era criança eu sabia que era "diferente", mas que achava bastante "normal". XD Tipo, eu achava meninos mais "interessantes" de se conversar, passar o tempo, mas de uma maneira diferente, mais "especial" do que com meninas. Com as meninas eu me identificava mais no sentido de gostos, amizades e só... Desde pequeno as pessoas achavam que tinha algo "estranho" em mim, mas eu nunca via nada disso. Somente quando nomearam tal diferença de "viadice" é que eu comecei a me sentir mal, complexado... Com o passar do tempo, acho que com 10 anos, tal diferença aumentou no sentido em que não somente a personalidade, mas o corpo dos garotos me pareciam ainda mais "especiais". Com essa idade percebi que eu era mesmo "gay", apesar de nem saber o que isso significava direito, achava que ia me tornar aqueles estereótipos que se vê na TV, mas quando percebi que minha personalidade poderia continuar a mesma, isso ficou mais tranquilo. Aos 13 eu conheci o corpo de um homem de verdade e o que eles poderiam fazer (revista pornô), daí não tive mais dúvidas. XD

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  6. Quando saí do ventre e o médico - moreno alto - me deu aquelas palmadas na bunda, claro... hehehe!
    Falando sério agora... acho que ainda não virei ainda... mas da compreensão da atração por pessoas do mesmo sexo foi na adolescência mesmo! Hugz e manda ver a receita "da cura"... hahahaha!

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  7. Desde criança. Mas a ideia de ser gay, toda a compreensão a respeito, eu descobri depois junto com a minha aceitação.

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  8. Eu também, a partir do momento que comecei a me perceber no mundo, me vi diferente.
    Não sabia muito bem o que era, mas inconscientemente tinha vergonha de entrar no banheiro masculino com outros meninos. Não sabia o que eu era, ou como eu era, mas os meninos mexiam comigo diferentemente.
    Quando comecei a ter noção de sexo, reprimi tanto esse lado que passei a fingir que não era comigo. A possibilidade de ser diferente não existia e assim, me encaixei.
    Por mais que me sentisse atraído, achava que seria algo passageiro, ou uma coisa que eu não precisaria mostrar pra ninguém... nem pra mim mesmo.
    O tempo passou e aos 23 anos beijar meninas não era mais suficiente pra mim. Passei um tempo "assexuado", meio que criando coragem pra tomar alguma atitude.
    Quase um ano e meio sem beijar na boca, resolvi experimentar o beijo de um cara.
    Ai tive certeza! Nunca tinha sido tão bom com as mulheres. Tive certeza de que era gay, entrei em crise, emagreci 18 quilos em 2 meses e finalmente, depois de muito pensar e de um período de auto-aceitação drástico e doloroso, resolvi ser feliz!
    Hoje só não sou gay, como também sou muito bem resolvido.
    :D

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  9. Eu sempre me achei diferente, menos homem do que os outros. Mas nunca demorei a associar isso à preferência sexual.
    Desde muito pequeno sentia algo especial pelos homens, por outros meninos, uma atração, uma admiração diferente.
    Com o tempo, meu sentimento de incapacidade em relação a uma vida heterossexual me foi convencendo de que meu caminho era outro.
    Demorei a aceitar, mas a coisa estava desde sempre lá.
    Enfim, sempre atribuí minha homossexualidade ao fato de não me sentir homem como os outros. Mas aí, conheci gays que são muito homens, e essa minha teoria se mostrou absolutamente idiota, uma mera desculpa para que eu não assumisse o que sempre esteve em mim.

    Gostei especialmente de sua observação, uma verdade verdadeira: "a gente chama de "gay", para simplificar, pessoas que não necessariamente possuem a mesma realidade no que se refere à sexualidade."

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  10. Lembro que aos 7 anos de idade achava o motorista do ônibus da escola tão bonito!!!
    Sentava na primeira fila de cadeiras só pra ficar olhando ele.
    Um dia , o olhar saiu do rosto e caiu no pé!
    Meu Deus......
    Meu mundo caiu!
    Eita pé horrível!
    Tentei, juro que tentei, continuar a olhar somente o rosto, mas aquele pé puxava o meu olhar e destruia todo o encantamento do motorista....
    Aquele pé me persegue até hoje!
    Peguei horror do que é feio...
    Doutor......Isso é ser gay?
    bjs

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  11. Meu caso é mais sério! Gostaria de dizer simplesmente que sou gay ou que sou hétero. Sou homem tenho atração tanto por homens ou por mulheres. Não sou daqueles que dizem 'só sou ativo', com homens sou ativo e passivo, com mulheres ... Vivo um dilema constantemente. Não consigo me definir como gay. O engraçado é que as pessoas sempre acham que estou fingindo. No Natal poderia ter dito para minha mãe que sou gay, mas no Carnaval estava ficando com uma menina estava feliz e completo sexualmente!
    Vocês é que são felizes.

    Adoro o blog!

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  12. Percebi que era diferente logo cedo, com uns 7 anos, minha primeira paixonite foi uma garota (omg, yes, a lesbian here!). Mas tudo que aparecia relacionado a isso eu enterrava em algum lugar da minha mente que eu não pudesse ver. Só fui admitir que era lésbica mesmo com 14 anos, apesar de saber conscientemente que sentia atração por garotas desde os 11, 12 anos.

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  13. Desde criança sabia que era diferente dos outros garotos por algum motivo que ate então não sabia identificar, aos 7 anos de idade tive a minha primeira experiencia com um primo um pouco mais velho, creio que cheguei a me apaixonar por ele, desde então percebi de fato que sentia atração por garotos. da Percepção a aceitação foi uma longa estrada que terminou no meio da adolescência (Cheguei a falar sobre isso em um post do meu blog chamado "Ser gay ta na moda?"). A pergunta provocativa do titulo do post foi bastante interessante, com cada um acontece de um jeito e sempre bate a curiosidade de saber como foi a descoberta alheia.

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  14. Ó-TE-MO é o senhor. FA-TO! Hahahaha! E rendeu o assunto por aqui, hein? Delícia!

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  15. Descobri que era ''diferente'' muito cedo creio que aos 5 anos. Morava ainda no interior de SP e achava meus primos lindos, mas não sabia direito que isso era ser homossexual. Apenas sabia que isto era considerado errado, conforme fui crescendo este sentimento foi aumentando e sempre me apaixonei por homens. Nunca tive duvidas da minha sexualidade mas não consegui assumir até hoje.

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  16. Passando aqui para agradecer a todos pelos depoimentos - foram ótimos - e dizer que posto o texto a respeito na segunda-feira. A correria de início de semestre está grande, então fico sem tempo pra bloggar... Grande abraço e divirtam-se sem moderação no final de semana!

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  17. Bom pensando hoje e olhando para trás o primeiro sinal mesmo foram uns pensamentos antes de dormir.Explico.

    Assisti um filme que até hoje não lembro qual é em mulheres apareciam nuas.Comecei a ter sonhos eróticos com mulheres, coisa inocente, eram mulheres que despiam os seios para eu ver como faziam no filme que vi.

    Até que um dia antes de dormir depois de pensar nas mulheres do filme para sonhar com elas de novo "decidi" pensar em homens.O que me intriga até hoje é que eu não lembro do porquê, talvez tenha esquecido, ou foi assim mesmo sem mais nem menos.

    Isso era por volta dos seis anos, e embora às vezes um ou outro homem despertasse a minha atenção ainda mantinha paixonites por menininhas na escola.

    Até que um dia aos 12 anos conheci um menino de 14 que mexia comigo, ouvi sua vez e senti desejo por ela antes mesmo de vê-lo, quando o vi também gostei e percebi que o que eu sentia por ele era mais forte do que o que eu já havia sentido por qualquer uma das minhas paixonites escolares.

    Conhecer esse menino foi o que me deu certeza e me fez dizer pra mim mesmo que eu era gay.

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  18. Eu sempre tive fantasias com outros meninos desde crianca. Assim como com meninas também. 'Brinquei' de médico tanto com meninos como com meninas. Na adolescencia, minhas paioes platonicas eram por meninas e desejos sexuais com meninos (também). Perdi a virgindade só na faculdade, com minha namorada, foi perfeito, nao me arrependo de ter esperado tanto. Tive namoradas por quem eu era profndamente apaixonado e atraído sexualmente. Poucas vezes tive alguma experiencia homoafetiva nessa fase. Embora eu às vezes me sentia atraído por um ou outro homem, quando eu experimentei uma masturbacao mútua, nao achei lá essas coisas e ficou por isso mesmo. Quase me casei também. Um belo dia voltando para a casa, e isso eu já estava no doutorado, conheci um rapaz muito atraente, lindo. Andamos lado a lado a té perceber que éramos vizinhos, nos apresentamos e comecamos a conversar quase que compulsivamente. Foi paixao a primeira vista e a primeira conversa. Eu me joguei de corpo e alma na paixao, a mais forte da minha vida até hoje. Foi com ele que percebi que eu realmente gostava de homens. Enfim, nao deu certo, somos ainda muito bons amigos. Desde aquele momento eu decidi qu eeu iria 'provar' ter um namorado, queria ver como era ter um namorado. Já tive dois namoraods de longa duracao. Sempre me senti Ok com minha sexualidade e nunca fiquei muito preocupado por que sexo eu gostava, sempre curti o momento. Sinceramente, acho mais fácil me relacionar com homens.

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