Death in June: Quebrando o Gelo Cor de Rosa!
Let the wind catch a rainbow on fire......
Death in June foi uma das bandas que eu mais ouvi quando adolescente. E continua sendo até hoje uma das mais polêmicas. O som da banda mudou bastante ao longo do tempo: do típico gótico/pós-punk no início dos anos 80, passando por algum flerte ligeiro com a eletrônica, até chegar no neofolk atual.
Seu vocalista, Douglas Pearce (foto), é gay assumido, sempre foi, mas isto é o de menos. A polêmica em torno do Death in June sempre foi mais ligada às supostas referências nazistas na estética e obra da banda. O motivo principal é o fato do grupo sempre se apresentar usando uniformes militares, incluindo alguns da Alemanha e da Áustria. Além dos uniformes, Douglas também se apresenta usando alguma máscara - que retira após duas ou três músicas. As canções abordam, além de questões pessoais, temas místicos e esotéricos, em especial as runas.
Sobre o papel de sua orientação sexual na obra do Death in June, disse Douglas em entrevista:
"Ser gay é parte fundamental do Death In June desde que se tornou meu projeto solo em 1985, e mesmo antes nas canções que eu escrevi e co-escrevi. Acho que o lado homossexual da minha obra é muito pouco explorado pela crítica. Lembro-me de que dei minhas primeiras entrevistas com o Crisis em bares gays na Sunset Strip, Hollywood Boulevard, em dezembro de 1977."
"Admiro a obra e a vida de pessoas como Jean Genet e Yukio Mishima, não só porque seu trabalho foi brilhante, mas que também eram gays. Os Beatles viviam cercados por uma máfia gay - tive a sorte de ir para a cama com três . O primeiro empresário da banda Crisis era um gângster gay de Londres que acabou sendo assassinado e atirado no Rio Tamisa. Muitos dos primeiros shows punks foram em bares e clubes gays. Não acho que isso impeça héteros de apreciar meu trabalho, mas eu certamente acho que ser gay contribui para a valorização das bandas nas quais toquei."
Qualquer semelhança entre a canção a seguir e "Por Enquanto", da Legião Urbana, é mera coincidência - eu acho:
Polêmicas e provocações à parte, fiquem com a parte que realmente interessa nesta história, a música (e esta é minha preferida).
Death in June foi uma das bandas que eu mais ouvi quando adolescente. E continua sendo até hoje uma das mais polêmicas. O som da banda mudou bastante ao longo do tempo: do típico gótico/pós-punk no início dos anos 80, passando por algum flerte ligeiro com a eletrônica, até chegar no neofolk atual.
Seu vocalista, Douglas Pearce (foto), é gay assumido, sempre foi, mas isto é o de menos. A polêmica em torno do Death in June sempre foi mais ligada às supostas referências nazistas na estética e obra da banda. O motivo principal é o fato do grupo sempre se apresentar usando uniformes militares, incluindo alguns da Alemanha e da Áustria. Além dos uniformes, Douglas também se apresenta usando alguma máscara - que retira após duas ou três músicas. As canções abordam, além de questões pessoais, temas místicos e esotéricos, em especial as runas.
O engraçado é que o vocalista, antes de formar o DIJ em 1981, era líder de uma banda punk de extrema esquerda chamada Crisis (cujos membros fizeram parte, depois, de ótimas bandas como Theatre of Hate, Sol Invictus, Car Crash International e Sex Gang Children).
Sobre o papel de sua orientação sexual na obra do Death in June, disse Douglas em entrevista:
"Ser gay é parte fundamental do Death In June desde que se tornou meu projeto solo em 1985, e mesmo antes nas canções que eu escrevi e co-escrevi. Acho que o lado homossexual da minha obra é muito pouco explorado pela crítica. Lembro-me de que dei minhas primeiras entrevistas com o Crisis em bares gays na Sunset Strip, Hollywood Boulevard, em dezembro de 1977."
"Admiro a obra e a vida de pessoas como Jean Genet e Yukio Mishima, não só porque seu trabalho foi brilhante, mas que também eram gays. Os Beatles viviam cercados por uma máfia gay - tive a sorte de ir para a cama com três . O primeiro empresário da banda Crisis era um gângster gay de Londres que acabou sendo assassinado e atirado no Rio Tamisa. Muitos dos primeiros shows punks foram em bares e clubes gays. Não acho que isso impeça héteros de apreciar meu trabalho, mas eu certamente acho que ser gay contribui para a valorização das bandas nas quais toquei."
Douglas assumiu em entrevista que o uso dos uniformes é apenas uma forma de fetiche gay, mas não faz questão de desmentir as acusações, pois as pessoas “tem o direito de pensar e interpretar a arte livremente, e sou contra qualquer forma de censura”. Contrariando as acusações, a banda se apresentou a alguns anos em Israel (no site oficial da banda - http://www.deathinjune.net/ - há até a bandeira do país, ao lado da bandeira do arco-íris). Com tantas polêmicas, a banda já foi alvo de censura e teve apresentações canceladas em alguns países.
"Com exceção de uma matéria na principal revista gay da França "Gai Pied" em 1984, o Death in June foi ignorado por toda a comunidade gay - em toda parte. Acho que passamos desapercebidos pelo gaydar".
Polêmicas e provocações à parte, fiquem com a parte que realmente interessa nesta história, a música (e esta é minha preferida).
Para terminar, uma bizarrice pessoal: conheci a banda por conta de uma namorada (sim, namoradA) que tive quando adolescente. Ela era fã do grupo e achava que eu me parecia com o Douglas quando jovem – e parecia mesmo... fisicamente, ok? Mal sabia ela - e eu - que teríamos muito mais em comum...O namoro não durou nem um mês, mas continuei a ouvir a banda por muitos anos. Hoje em dia, até a banda ficou no passado.
2 Comentários:
Muito interessante essa postagem. Mas só pra esclarecer, o que ele quis dizer com: "...os Beatles viviam cercados por uma máfia gay - tive sorte de ir pra cama com três...?
Três dos mafiosos ou três dos Beatles?
O início da primeira música lembra realmente o da "Por Enquanto", do Legião.
Ah, quando eu disse na minha postagem ter ficado arrasado com a "perda" da minha coleção, foi mais pelo ato do furto em si. Tive uma sensação mista de invasão de privacidade e de assalto.
Abraços e bom domingo.
Devo ter ouvido uma dessas coletâneas falsas que o pessoal da Soulshadow vendiam. Amava todas as músicas. Queria cortar os pulsos com Break the Ice tamanha a tristeza da canção. Era liiindo!
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