Festa Julina da Associação GLS Casarão Brasil: Nós Fomos!
Dia de luz, festa de sol... não, não pegamos um barquinho, subimos na moto e lá fomos nós conferir a Festa Julina do Casarão. Nada como uma tarde festiva para curar a ressaca de uma noite de sábado bem agitada...
Fazia um bom tempo que não íamos à Frei Caneca, normalmente terminamos de descer a Consolação e aterrissamos no baixo Centrão. Acho que a última vez fora na edição de 2005 da Mostra Internacional de Cinema, quando assistimos no Shopping Frei Caneca ao filme alemão “Siehst du Mich?”. Não me lembro de termos ido lá outra vez depois disso, embora sempre estejamos na av. Paulista ou na rua Augusta. Apesar de a Frei Caneca ser considerada a “rua gay” de SP, gostamos bem mais da Vieira...
Mas, divagações a parte, chegamos cedo à festa e fomos conhecer o local. O espaço reservado ao evento era pequeno, com poucas barracas, mas acho que deu conta da demanda.
Nossa primeira impressão: todas as pessoas por lá se vestem absolutamente do mesmo jeito, usam o mesmo corte de cabelo, e fazem o mesmo carão... só depois, com a avançar da tarde, começou a chegar um público mais diversificado - algumas drags, pessoas vestidas de caipira, fantasiadas, até a atriz global Leandra Leal deu as caras por lá (e o pessoal desceu do salto e foi tirar foto com ela para colocar no Orkut...) - e a festa ficou mais animada, com direito a bateria de escola de samba e a gaydrilha, puxada pelo animador, cujo nome não sabemos, mas era uma figura divertidíssima! Se eu fosse diretor de programa de entretenimento de qualquer emissora de TV, não pensaria duas vezes em contratá-lo, pois tem muito mais talento e desenvoltura do que muita gente na televisão. A drag do correio elegante também era uma figuraça!
Como foi a primeira edição da festa, algumas falhas de organização são naturais, mas servem como ponto de reflexão para os próximos anos. A mais importante: não é possível fazer um evento de rua sem banheiros químicos! Tivemos de descer até o shopping para nos livrar do excesso de cerveja e vinho quente... Também acho que poderiam organizar gincanas no palco para preencher melhor o tempo e manter a animação do público durante todo o decorrer da festa. Tirando isso, valeu a pena ter ido conferir, pudemos encontrar caras novas, além de outras já conhecidas de outras freguesias.
Acho que saímos em tantas fotos e filmagens nesta tarde, que depois disso nosso anonimato se foi por água abaixo... eu tirei várias e filmei, mas está tudo no celular e não faço a menor ideia de onde está o cabo USB dele...
Além da diversão, conversamos bastante sobre nossa vontade de fazer algum tipo de trabalho social voltado ao público gay, e saímos de lá com um projeto muito bom, mas isso é assunto para outro dia...
4 Comentários:
Tb não sou muito fã de banheiros químicos. Mas tem mal que é necessário!
Foi mais parecido com festa da tia do que festa de rua. A divulgação pecou em muitos pontos, principalmente no quesito valor da entrada. Se cobraram não sei de quem! Só soube que estavam arrecadando alimentos "não-perecíveis" no local do evento. Quanto ao povo da Frei Caneca, não dava para esperar nada diferente, é aquilo mesmo! Óculos escuros até embaixo de chuva: conjuntivite ou pó?!
confesso que deveríamos ter ido mas o domingo impregnou de tal forma em nós que nos impediu de por o nariz pra fora...
gostei da idéia, se precisarem de ajuda no projeto contem comigo!
nota: a FC não é a rua gay de sp...quer ser o que é muito, muito pior...
Anônimo: concordo com você, a organização deixou a desejar, além de ter informado que cobraria entrada. Mas vamos dar o desconto de ter sido a primeira vez. Na primeira vez é sempre assim...
Melo: sem essa de desânimo aos domingos! Isso é coisa de hétero que se diverte jogando bola domingo de manhã com os amigos e depois fica desanimado quando volta para casa e precisa encarar a patroa...rs.
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