Levando nas Costas...

Ontem tivemos mais uma de nossas noites surreais. Maridão deu um jeito nas costas e passou boa parte da semana com a coluna travada, e nem me contou, pois sabia que eu ficaria preocupado e iria obrigá-lo a ficar de castigo em casa. Como eu passei uma semana bem atribulada com meu trabalho na universidade, só fiquei sabendo ontem.

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Quem já ficou com a coluna emperrada sabe como é difícil até respirar, quanto mais sair para a gandaia. Mas meu Liebe não pensou duas vezes, e lá fomos nós.

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Os primeiros sinais do problema ocorreram no restaurante em que estávamos jantando. Na hora de ir embora, ele não conseguia levantar da cadeira... Ficamos ali, naquela pausa dramática, até que ele conseguisse ficar de pé.

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(pausa no relato: completem as horas a seguir com algumas tentativas de Kama Sutra para convalescentes de dores nas costas. Somos brasileiros e não desistimos nunca...)

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Logo depois, lá estávamos nós, caminhando pelas ruas de São Paulo. Caminhar ele agüentava, o problema era se sentar, pois forçava a coluna. A cena: eu estava com uma calça que faz uma bela propaganda enganosa dos meus, digamos, “atributos”, e ele, andando mancando, arrastando a perna. Rimos muito da situação, afinal, não tem dor nas costas que acabe com nosso bom-humor.

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A despeito das dores, conseguimos sair pra beber, conversamos bastante, até que vem a pérola da noite: como o maridão ficou de castigo em casa, teve de se render à Blogsville. Resultado: no meio da nossa conversa, ele começa a me contar sobre a morte da Vaca Jersey! Para mim foi uma surpresa e tanto, quando ele disse que acompanhou com o interesse de bom noveleiro o mistério sobre "Quem matou a Vaca Jersey?" e começou a me contar dos detalhes. Foi muito engraçado, já que ele é meio avesso a esse universo dos blogs. A maioria dos suspeitos ele conhecia, já que também nos visitam por aqui, outros eu tive de apresentar, como a Tangina.

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Como o maridão não queria arriscar se sentar e travar no meio de um bar (rimou), aproveitamos e ficamos namorando de pé mesmo... ainda bem que somos da mesma altura...

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Uma noite surreal só pode acabar de um jeito surreal: quando voltávamos para casa, no meio da madrugada, a gasolina da moto acabou bem no meio da Rebouças! E lá vamos nós, empurrando a moto até o posto de gasolina mais próximo (ainda bem que estávamos descendo, mas não se esqueçam das costas dele. E como eu tinha mais álcool no sangue do que o posto de gasolina, e derrubaria a moto na rua, foi ele quem a empurrou). Sorte nossa que havia um posto bem perto.

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Um apelo: amigos virtuais da Blogsville, peço uma corrente positiva, rezas e mandingas para meu maridão retomar a saúde das suas costas largas que afago enquanto dorme...