quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Canção Mais Gay de Todos os Tempos!

Qual é a canção mais gay de todos os tempos? "Over the Rainbow"? "Dancing Queen"? "I Will Survive" ? "It's Raining Men"? La vie en rose”? Muitas canções receberam a alcunha de hinos gays ao longo dos anos. Ultimamente já se fala em “Born This Way”, da Lady Gaga. Sempre que vejo uma nova lista me deparo com uma das maiores injustiças de todos os tempos, justamente a canção mais gay que ouvi: “What Makes A Man A Man”, versão inglesa de “Comme ils disent”, lançada como single em 1973. O autor: o cantor francês Charles Aznavour. O rei das canções de motel – e heterossexual - lançou este clássico em que conta as dores existenciais de um homem que é gay e trabalha fazendo shows como drag queen.

Confira a letra, numa tradução direta que eu fiz:

“Minha mãe e eu moramos sozinhos, nosso lar é um apartamento espaçoso em Fairhome Towers. Como companhia, tenho dois cães, um gato, um periquito, algumas plantas e flores.Ajudo minha mãe com as tarefas domésticas: eu lavo, ela seca, eu limpo o chão. Trabalhamos juntos: faço compras, cozinho e costuro um pouco . Embora mamãe também o faça, devo admitir, eu faço melhor.

À noite, trabalho em um bar estranho, interpretando todas as estrelas. Ando meio confuso. Os clientes entram cheios de dúvidas e se perguntam que raios eu estou fazendo. Mas acredite, eu faço um show muito especial ! Toda noite, quando fico nu da cabeça aos pés , após um striptease, os homens parecem tão surpresos: eu mudo de sexo diante de seus olhos!

Diga-me se puder: o que torna um homem um homem?

Por volta das 3 horas, encontro alguns amigos para conversar e comer alguma coisa. Adoramos esvaziar nossos corações, falando de qualquer assunto: de arte até libertação. Adoramos escolher alguém e fazer fofoca só por diversão, ou lançar um boato. Jogamos nosso cabelo, por assim dizer, brincamos com a língua na bochecha e fazemos piadas internas.

Tantas vezes temos que pagar por sermos alegres e sermos gays! isso não tem graça. Há sempre aqueles que estragam nossa brincadeira, vendo problemas e nos xingando. Sempre acusando, chamam atenção para si mesmos, à custa dos outros. É tão confuso! Até tiram sarro do jeito que eu falo, imitam meu modo de andar.

Diga-me se puder: o que torna um homem um homem?

Minha fantasia chega ao fim, volto para casa e vou dormir, sozinho e sem amigos. Fecho meus olhos, e penso nele, fantasio o que poderia ter sido... Meus sonhos são infinitos! Nós nos amamos, mas parece que o amor existe apenas nos meus sonhos. É tão unilateral, mas nesta vida, devo confessar, a busca por amor e felicidade não é correspondida.

Eu me pergunto o que perco e ganho por ser ou não ser quem eu sou. As respostas são dadas por quem faz as regras que alguns de nós deve quebrar, apenas para seguir vivendo. Sei que minha vida não é um crime, sou apenas uma vítima da minha época! Eu estou indefeso, ninguém tem o direito de ser o juiz do que é certo para mim.

Diga-me se puder : o que faz um homem um homem?

Diga-me se puder, diga-me se puder , diga-me se puder : o que torna um homem um homem?”

Dá pra ser mais gay?

Muita gente já regravou a canção, mas deixo vocês com a interpretação hiper-dramática do meu ídolo-mor Marc Almond, gay até a última gota, que na década de 80 fez sucesso como vocalista do duo Soft Cell, aqui em um show de sua carreira solo:

Bom final de semana e, como de praxe: divirtam-se sem moderação!

PS. Não se esqueçam de que domingo tem a Banda do Fuxico!

10 Comentários:

Serginho Tavares disse...

E domingo tem o Oscar e o niver do Edu!
Não conhecia a música mas gostei!

Beijos

Anônimo disse...

Soft Cell, adoro a musica não conhecia , mas esse gênero não é muito a minha praia ...vc viu aquele filme da Dalida ?

um abraço :)

Alexandre Willer Melo disse...

caraleo! nunca tinha prestado atenção nessa música mas ela é mais gay do que todos nós aqui reunidos!

como diria minha amiga trava deivid: HOMOSSEXUALISMO!!!

fuxico? gato, acho que no máximo vamos na feirinha mas acompanhar o bloco, já é demais para nós dois aqui...

Alexandre Willer Melo disse...

nota:

SOFT CELL RULES!!!!!!!!!!!!!!!

Gui disse...

Adoray (pra ficar bem gay, né?).

Unknown disse...

Marc Almond: "gay até a última gota" de suor que não borra a sua super-maquiagem nesta apresentação mostrada pelo vídeo, né (rsrs)?
Beijos e ótimo 'findi' a todos.

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

Caraca! qto tempo q não ouvia esta canção ... mas ainda fico com a gravação original do Charles em francês ... mesmo ele sendo hétero, soube como ninguém retratar toda esta emoção ...

bjux

inveja branca de vcs ... banda do fuxico ...

;-)

Wans disse...

Marc Almond é phoda! A primeira vez que ouvi Say Hello wave goodbye quase tive um treco. È perfeiçãod emais para um homem, minha gente.

E essa versão, não conhecia. Very queer!

Fred disse...

E não é que tem razão.
Agora vou vasculhar meu baú da memória (e olha que sou veeeeeeeelho) pra catar se tem mais alguma que faça frente a essa que indicastes!
Hugzzzzzz! Ótimo findi!
PS: Quenomevctem?

Anônimo disse...

Que música mais triste!
Ainda sou mais Dancing Queen.
Nao acredito que essa música nova de lady Gaga seja um novo hino gay. Sinceramente é uma sonoridade que conquista e vai fazer você dançar na buatchy, mas esperava BEM MAIS.#falomesmo.
Boa diversao!
Beijos.

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