Diga-me com quem andas e te direi quem és

Este blog não é um espaço voltado para a discussão política no sentido mais estrito do termo, mas em algumas situações a tomada de posição se faz necessária. Há momentos para brincadeira e diversão, assim como há aqueles que requerem seriedade. Foi com estrema tristeza, mas sem surpresas, que assisti ao chamado “movimento gay” se calar diante da presença em terras tupiniquins do infeliz presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

Tirando um ou outro protesto isolado, o que se viu foi o silêncio conivente.

Não é de hoje que sabemos que os grupos que dizem lutar pela causa gay são apenas tentáculos de partidos políticos, apenas de olho nos votos de uma parcela significativa da população.

Quero ver a cara de pau destes grupos pedindo votos para a candidata do partido que recebeu de braços e pernas abertas em nosso país um indivíduo que, entre outras coisas - como negar o Holocausto e pregar o fim de Israel (a única democracia do Oriente Médio, diga-se) - condena os homossexuais iranianos à morte, pelo simples fato de serem homossexuais. Em entrevistas recentes ele se disse orgulhoso de não existirem gays em seu país.

Vendo a cena grotesca da foto acima, lembrei-me de uma frase de Martin Luther King:

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."