A Night Like This...
Meus ouvidos estão doendo até agora! Ontem estávamos lá na Vieira e resolvemos conhecer a Freedom, uma casa noturna que sempre tem fila na porta e um monte de drags distribuindo flyers. A noite de ontem era dedicada ao Halloween – tudo bem que o dia das bruxas já passou faz um bom tempo, mas nunca é tarde para colocar os fantasmas pra fora, pensamos.
Já na fila comecei a perceber que o público da casa é bem jovem, muita garota e meninos entre 18 e 20, um ou outro na casa dos 25, raríssimos acima disso – ou seja, éramos dois peixes fora d’água. mesmo assim, lá fomos nós. Logo na entrada nos foi solicitado o RG, o que é no mínimo, inusitado, mas faz uma boa massagem no ego.
Por dentro a casa parece ainda maior, um bom espaço, banheiros limpos. O lugar em si é bacana, lembra os velhos clubes e porões alternativos dos anos 80/90. Os preços são baixos, a entrada custava 5 reais ou 8 de consumação. Talvez por isso atraia tanto o público mais jovem, que não pagaria o valor da entrada da vizinha Cantho, por exemplo. O outro motivo, é o som.
Não sei se é a comprovação definitiva de que estamos velhos, mas o som era demais para nossos ouvidos... Na minha época de pós-adolescente freqüentei muitos lugares como Madame Satã, Espaço Retrô e coisas do gênero. Gosto de EBM, Industrial e até de algumas doses de punk rock. Mas confesso que nunca estive num lugar TÃO barulhento antes! O som da casa é basicamente o que se convencionou chamar no universo gay de “bate cabelo”. Drag music eletrônica pesada, com uma frase repetitiva, até fica difícil distinguir uma música da outra. E, em todas, aquele momento em que todos os presentes ficam girando a cabeça como verdadeiros headbangers...
Não sei se é a comprovação definitiva de que estamos velhos, mas o som era demais para nossos ouvidos... Na minha época de pós-adolescente freqüentei muitos lugares como Madame Satã, Espaço Retrô e coisas do gênero. Gosto de EBM, Industrial e até de algumas doses de punk rock. Mas confesso que nunca estive num lugar TÃO barulhento antes! O som da casa é basicamente o que se convencionou chamar no universo gay de “bate cabelo”. Drag music eletrônica pesada, com uma frase repetitiva, até fica difícil distinguir uma música da outra. E, em todas, aquele momento em que todos os presentes ficam girando a cabeça como verdadeiros headbangers...
Um pequeno exemplo da arte de bater cabelo...
Como não temos o dom, meia hora depois eu já estava quase maluco, fico imaginando como alguém é capaz de suportar aquela barulheira por horas a fio...
Agüentamos uma hora e caímos fora enquanto tínhamos tímpano... e fomos buscar abrigo na Cantho. Logo na entrada vimos que estávamos no nosso habitat natural... na pista rola Madonna... o lugar estava quase cheio, mas o pessoal fazia aquele carão olhando para a pista vazia. Não pensamos duas vezes: corremos pro centro a literalmente abrimos a pista... depois disso o pessoal perdeu a timidez e se jogou ao som de Erasure, New Order, Cyndi Lauper, The Human League, Pet Shop Boys e outras pérolas dos anos 80 (e algumas dos 70). Pra ficar perfeito, só faltava Soft Cell, The Smiths e The Cure... Essa aqui do Tom Hooker tocou ontem e fez o pessoal voltar no tempo:
É em momentos assim que a gente percebe como é bom ser “velho”!
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