Torturas Sonoras de Sábado à Noite
Existem alguns mistérios neste mundo que precisariam de uma investigação mais profunda nos meios científicos. Ontem fomos “vítimas” de um deles.
Sábado à noite, saímos para jantar, depois esticamos em um barzinho com música de fundo para tomar algumas, dar uns amassos, dançar um pouco e tudo mais o que fosse possível. A noite ia bem, o calor estava um pouco menor por conta da chuvinha que caíra instantes antes. O bar estava cheio, mas conseguimos uma mesa e fomos logo pedindo a primeira da noite.
O som que vinha da jukebox não era lá grande coisa (pagode, MPB, sertanejo, axé etc), mas dava pra agüentar sem tentar cortar os pulsos com a garrafa de cerveja. Um dos problemas de estar num bar com jukebox é que você é refém do (bom/mau) gosto alheio. Olhamos na lista de espera da jukebox, havia muita coisa pra tocar, e estávamos sem dinheiro trocado. Só depois percebemos que na verdade era basicamente o mesmo cara que colocava todas as músicas. E, neste caso, a tortura estava apenas começando.
Minha tolerância a estes sons é menor do que a do meu maridon, mas ontem foi ele quem pediu água primeiro. Sinto muito, mas depois de ouvir a décima Ana Carolina da noite, seguida da quinta Alcione, de qualquer uma do Zeca Pagodinho, da sétima do Calypso a cerveja não é suficiente pra agüentar a tortura, então fomos mais cedo pra casa...
Não estou dizendo que devam tocar só o que eu gosto, eu mesmo, quando coloco alguma música em jukebox, nunca deixo de lembrar a mim mesmo que estou num espaço coletivo, e que seria legar colocar algo que ajudasse a dar ao locar um clima mais bacana. Quando era DJ também não tocava só o que gostava, tocava para o público.
Então eu volto ao mistério dos mistérios: por que o seu vizinho com o pior gosto musical sempre tem o aparelho de som mais potente? Ou, o carro mais tunado? Ou, mais notas de 2 reais para colocar na jukebox?
Uma lição nós aprendemos: da próxima vez que entrarmos no tal bar, daremos uma boa olhada ao redor. Se lá estiver, junto à jukebox, o tal carinha, das duas uma: pedimos uma bebida mais forte, ou faremos uma vaquinha entre os presentes para garantir pelo menos que a noite de todos seja mais agradável...
1 Comentário:
É igual os caras que escutam música no celular sem o fone. Por que nunca o fulano de gosta de Joy Division faz isso? Porque temos bom senso.
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