terça-feira, 16 de novembro de 2010

Como (Tentar) Acabar com o Sábado Alheio

Lá estávamos nós dois, no sábado, para mais uma de nossas noitadas. Maridão me contando os motivos que o fizeram se surpreender positivamente com o show do Belle & Sebastian, além dos bastidores que eu não percebi, já que estava tomado pelo clima da apresentação. Disse ele que o tempo todo um carinha ficou nos encarando (assisti ao show quase inteiro abraçando o maridão por trás), com ar nem de reprovação, nem de curiosidade, mas de "reconhecimento". Para o maridão, a qualquer momento ele chegaria e perguntaria: "Vocês são os caras do blog Dois Perdidos na Noite ?" Se faltou coragem, vai ficar para a próxima. Mas nós negaríamos, é claro...rs...
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Depois fomos tentar aproveitar o resto da noite tomando algumas num barzinho. Digo tentar, pois tivemos nossa noite (quase) estragada pelo gosto musical alheio. Quase, porque nosso bom humor é inabalável e aproveitamos para rir da desgraça...
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Alguém pode me informar o que leva alguém, ou melhor, um gay, a ouvir funk carioca com aquelas letras do tipo blá blá blá põe na minha buceta, blá blá blá põe na minha buceta de novo (repetir 1.500 vezes)? Como fenômeno sociológico, acho o funk carioca genial, o mais perto do punk que chegamos. Mas nem por isso eu preciso querer ouvir num bar, né?
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(Abre parêntese: comentei com o maridão que vi na TV uma entrevista com uma das mulheres-frutas do funk. Ela estava anunciando que estava grávida. Pausa dramática. Mas ela não revelaria quem é o pai da criança. Nova pausa dramática. Pensei comigo mesmo: como se ela soubesse.... fecha parêntese)
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Depois da tortura de quase uma hora de funk vieram quase três horas de Maria Gadú! Três horas que pareceram três séculos. Nada contra a cantora, seu som não faz minha cabeça, mas até já escrevi a seu respeito aqui no blog. Acho até que tem uma voz bacana. Só que, convenhamos, ouvir TODAS AS MÚSICAS, com direito a repetição de VÁRIAS canções, aí já é forçar a amizade. Só sendo fãs mesmo - e mesmo assim, de preferência na própria casa. Depois da terceira repetição da mesma música (ou era outra? Difícil saber, os arranjos e as melodias são bem parecidos), fomos respirar um pouco ao ar livre. Depois dessa, posso passar umas três encarnações sem ouvir a moça.
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(Abre parêntese: uma coisa nos intriga há algum tempo: por que as cantoras brasileiras de maior sucesso são, em geral, lésbicas? Ficamos pensando nos demais países, e é bem um fenômeno nosso, né? Quantas cantoras americanas ou inglesas lésbicas vocês conhecem? Algumas, é claro, mas geralmente fazem um som mais alternativo. Campeãs de venda, número um nas paradas, como aqui no Brasil, sinceramente eu desconheço. E olha que nosso país leva a fama de ser o mais homofóbico do sistema solar! Fecha parêntese)
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Assim terminou nossa noite, com a certeza de que S&M é legal, mas tortura sonora não faz parte das nossas fantasias... Mas pensando bem, poderia ser pior: poderiam ter nos obrigado a ouvir 3 horas de Chico Buarque. Melhor não dar ideia...
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Ps. fãs da cantora, tenham piedade de nossas mães.

12 Comentários:

FOXX disse...

a Maria Gadu disse q não é lesbica, até comentei isso no meu blog, ela disse q ninguém precisa assumir sua sexualidade nunca, pq hétero não precisa.

DPNN disse...

Também escrevi sobre isso na época aqui no DPNN, e concordo totalmente com ela.

Frederico disse...

Ah Vlw por colocar o link no seu outro blog
já estou divulgando ele também
abraços

Junior Healy disse...

Reconheco o talento da Maria Gadu, mas não me considero fã da moça.
achou ruim ouvir funk durante um tempinho no bar?
Imagina eu que moro no Rio e é praticamente impossivel passar um dia sem ouvir pelo menos uma parte da letra sendo tocada em um carro qualquer pela rua.

P.S: Ficamos felicissimos por sermos indicados lá no blogayros!

Júlio César Vanelis disse...

Olha, eu como habitante do estado do Rio (não moro na capital, por isso não sou "carioca") me sinto profundamente envergonhado do funk carioca. Há um tempo, poderia até ter um significado sociológico, como você mesmo falou, mas o "estilo" já se tornou muito banal, perdeu muito do seu valor político. Vocês não tem ideia de como convivemos com o funk no Rio, para quem não gosta, é quase insuportável. Além de ser quase obrigatório em qq festinha ou badalação, vc ainda corre o risco de um adolescente entrar no ônibus com o celular ligado tocando funk a toda altura...
Sobre Cantoras Lésbicas, pode até ser, apesar de existirem cantoras hetero Brasileiras muito boas (tá, eu confesso, sou fã da Marisa Monte, par mim ela é uma das melhores cantoras da MPB e não é lésbica, kkk). E depois, se vocês compararem, boa parte dos nossos grandes cantores brasileiros tbm é (ou foi) gay: Renato Russo, Cazuza, Ney Motogrosso, Paulo Ricardo (ele não me engana, kkk), Jorge Vercillo (Ele tbm não me engana)...
Outra coisa, vocês não sabiam que Chico Buarque não se ouve, mas se lê??? kkkkkk (zuando)

Adorei o Post, muito divertido :D
Até o próximo

Unknown disse...

Ainda bem que vocês estavam abastecidos com a delícia que foi o show do B&S. Creio que, se a ordem dos acontecimentos fosse inversa, todos os momentos teriam sido melhor aproveitados, inclusive o funk (rs).
Besos e boa quarta pra todos.

Wans disse...

Eu não consigo entender o por quê de cantores com a voz parecida com a da Cássia Eller faz tanto sucesso. È tudo a mesma coisa, só muda a cara das fulanas. Odeio!!!!!

Anônimo disse...

Eca Maria Gadu? AH? Q talento? So faz sucesso porq foi trilha sonora de uma novela ridicula da merd* da globo! #prontofalei bjo

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

Aquietem-se ... poderia ter sido bem pior ... sempre pode ...

Nem queira saber o meu!!!

bjas

;-)

BsVox disse...

Vocês são divertidamente politicamente incorretos. Risos.
Ruim Funk, Maria Gadu ou Chico Buarque? Imagina brigar com o namorado e ir a uma festa "junina" que so toca sertanejo (resumindo: Ela me chifrou, me abandonou, nao me quer mais ou morreu) destroi o sabado de qualquer um, ou não? brinde choro convulsivo!

Lobo disse...

Agora você imagina você ouvir funk no busão. Funk no carro tunado dos playssons. Funk nos barzinhos. Funks nos celulares alheios sem fone de ouvido. Todo dia.

That's My life aqui no Rio!

Beijos!

Anônimo disse...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu

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