Travesti e Árbitro de Futebol
De dia, o guia turístico Valério Gama, à noite, a travesti Laleska Valéria. É assim que a figura da foto acima leva sua vida:
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"Meu nome de mulher é Laleska. Quando eu estou de Laleska, gosto de ser chamado assim. Mas só à noite, quando eu saio para baladas".
"Meu nome de mulher é Laleska. Quando eu estou de Laleska, gosto de ser chamado assim. Mas só à noite, quando eu saio para baladas".
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Nos outros momentos do seu dia, é de Valério que ele pede para ser chamado. O mesmo vale para os gramados, pois Valério é árbitro de futebol, tendo apitado mais de 100 jogos lá em Beberibe, sua cidade natal, no interior do Ceará. E Valério impõe o respeito que a posição exige. Se ele sofre algum tipo de preconceito nos campos de futebol? .
"No futebol, eu não sofro preconceito, nunca sofri. Toda a equipe de árbitro só tem homem, e eu sou o único homossexual. Nunca me envolvi com eles, eles nunca me cantaram, me respeitam como se eu fosse uma mulher mesmo. Porque o que eles sabem fazer eu também sei".
"No futebol, eu não sofro preconceito, nunca sofri. Toda a equipe de árbitro só tem homem, e eu sou o único homossexual. Nunca me envolvi com eles, eles nunca me cantaram, me respeitam como se eu fosse uma mulher mesmo. Porque o que eles sabem fazer eu também sei".
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O estranhamento, conta ele, é maior por parte de seus amigos travestis:
O estranhamento, conta ele, é maior por parte de seus amigos travestis:
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"Meus amigos travestis dizem que eu quero ser homem por gostar de futebol. Eles me chamam de 'bicha-homem'. Dizem: 'Olha essa bicha que quer ser homem', 'Essa bicha fala de futebol como se fosse homem'. Eles não entendem nada de futebol. Eu sou totalmente diferente deles. Eles ficam passados."
"Meus amigos travestis dizem que eu quero ser homem por gostar de futebol. Eles me chamam de 'bicha-homem'. Dizem: 'Olha essa bicha que quer ser homem', 'Essa bicha fala de futebol como se fosse homem'. Eles não entendem nada de futebol. Eu sou totalmente diferente deles. Eles ficam passados."
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O interesse por futebol surgiu em sua vida quando Valério assistiu à Copa do Mundo dos EUA, em 1994. Tentou ser goleiro (nota: existe um ditado no futebol que diz que todo goleiro ou é louco, ou é veado. Como vocês que acompanham o blog sabem, eu fui goleiro, o que comprova que às vezes o goleiro é as duas coisas...), mas acabou se destacando quando assumiu o apito. Valério afirma que seu pai não aceita sua orientação sexual, mas conta uma curiosidade que renderia estudo científico:
O interesse por futebol surgiu em sua vida quando Valério assistiu à Copa do Mundo dos EUA, em 1994. Tentou ser goleiro (nota: existe um ditado no futebol que diz que todo goleiro ou é louco, ou é veado. Como vocês que acompanham o blog sabem, eu fui goleiro, o que comprova que às vezes o goleiro é as duas coisas...), mas acabou se destacando quando assumiu o apito. Valério afirma que seu pai não aceita sua orientação sexual, mas conta uma curiosidade que renderia estudo científico:
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"Na minha casa somos oito irmãos e quatro homossexuais, dois em forma de homem e dois travestis."
"Na minha casa somos oito irmãos e quatro homossexuais, dois em forma de homem e dois travestis."
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Mas Valério tira isso de letra e dá um cartão vermelho para o preconceito:
Mas Valério tira isso de letra e dá um cartão vermelho para o preconceito:
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"Tem muito homossexual no futebol, mas são incubados, não se assumem. Eu não. Eu rasguei logo. De que adianta eu viver a vida dos outros? Tenho que viver a minha, não vou mostrar para as pessoas uma coisa que não sou. Se perguntam, assumo".
"Tem muito homossexual no futebol, mas são incubados, não se assumem. Eu não. Eu rasguei logo. De que adianta eu viver a vida dos outros? Tenho que viver a minha, não vou mostrar para as pessoas uma coisa que não sou. Se perguntam, assumo".
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Gostei de cara do Valério quando vi a reportagem na TV aqui em SP. Dignidade total. Deixo vocês com uma matéria que saiu sobre ele na TV do Ceará.
Gostei de cara do Valério quando vi a reportagem na TV aqui em SP. Dignidade total. Deixo vocês com uma matéria que saiu sobre ele na TV do Ceará.
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Ps. [Off: "Chaveirinho" da apresentadora é, provavelmente, um dos caras mais feios que já vi na vida...se não for o mais...rs...]
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Ps. 2: Aproveitem bastante o final de semana. Façam como nós: divirtam-se sem moderação!
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7 Comentários:
Laleska tá com tudo. Também gostei dela.
Tenham um ótimo final de semana também.
Bjos.
ah, é mto viado com preconceito mesmo. como ele mesmo diz, tem é mais preconceito pelo lado dos gays q dos héteros.
Darling 01
Hahahaha...n°1:
Camiseta do palmeiras, depois sãopaulino que é viado!
Hahahaha...n°2:
Estou louco para conhecer as baladas Beberibe (credo, parece doença o nome do lugar).
Hahahaha...n°3:
O Curintchia fora da Libertadores!
Cresci ouvindo que as mulheres irião tomar o lugar dos homens. Agora estamos dando o troco ou seria o contrário?
Eu havia visto uma matéria sobre ela na folha de são paulo, Um tempo depois, veio a da tv, mas achei que o apresentador foi desrepeitoso, enfim, esperar o quê do homem. Mas ela sim, é motivo de orgulho. Poderosíssima!
Isso mostra que, muitas vezes, os gays são mais preconceituosos do que os héteros.
Pena que ela é uma excessão, pois é muitíssimo raro ver um travesti, que não esconde o que é, exercendo uma atividade digna - ainda mais sem preconceito dos demais colegas.
é meu os tempos mudam
pra quem dizia q futebol não é coisa de gay
10 - respeito x 00 - preconceito
adorei ela! parece ser uma ótima pessoa pra ser amiga.
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