quinta-feira, 14 de julho de 2011

Rock é Coisa de Viado!



Em homenagem ao dia do rock (que foi ontem), resolvi ressuscitar um post lá do comecinho do blog, dos tempos em que eu escrevia e ainda não havia gente vindo aqui nos visitar. Ele fala da banda Pansy Division, pioneira do homocore e foi publicado em pleno carnaval de 2010... Let's Rock!


Carnaval lá fora, um calor de derreter os neurônios, já estou com saudades da velha terra da garoa... Na TV, uma overdose de axé e outras coisinhas que devem ter sido criadas como instrumento de tortura, mas tiveram o uso alterado por algum sádico que achou que poderiam ser empregadas como arma de destruição em massa. E a julgar pelas cenas da TV, o cara atingiu seu objetivo...

Aproveitei para arrumar meu quarto, e nada melhor para animar e espantar os batuques do carnaval do que um bom e velho punk rock – na verdade, nem tão punk, mais um pop-punk-gay-rock, se é que existe este termo.

E a banda responsável pela trilha sonora do meu dia de Amélia é o Pansy Division (foto), um grupo de San Francisco (de onde mais?), formado exclusivamente por gays, com letras explicitamente gays, e melhor do que tudo, explicitamente bem humoradas (como em Luv luv luv: "as pessoas falam de amor, amor, amor, mas é algo que soa como blá, blá, blá, porque no fundo elas querem dizer sexo, sexo, sexo!" ou a sensacional Homo Christmas, que nos brinda com versos singelos como “Você provavelmente ganhará suéteres, cuecas e meias/ Mas o que você realmente gostaria de ganhar no Natal é um belo pau duro! Não seja deprimido como o Morrissey/ deixe eu 'fazer' você embaixo da árvore de Natal”) – porque, convenhamos, ninguém nesse mundo merece pregação politicamente-correta, nem gente querendo salvar o mundo em letra de música pop.

O grupo foi formado em 1991, e quando surgiu, enfrentou logo um problema: será que teria público? Afinal de contas, punk rock não é lá um ritmo muito apreciado pelos gays, os mais jovens são sempre relacionados à dance music e os mais velhos a coisas mais “classudas” como Edith Piaf, Ella Fitzgerald e Billie Holiday (de quem eu gosto muito, diga-se).

Segundo a própria banda, todos músicos com passagens por diversas bandas, faltava um grupo de rock abertamente gay, e, independente de ter público ou não, montaram a banda. No começo, tocavam mais com riot grrrl bands, e sem querer, acabaram dando início a um movimento de bandas como Tribe 8, Team Dresch, Fifth Column, The Mukilteo Fairies, Glen Meadmore, Cunts With Attitude, Sister George apelidadas de queercore, em referência ao hardcore do som com o conteúdo gay das letras. Nada de emo, os caras fazem é homocore!

O auge do “sucesso” do Pansy Division foi quando, em 1994, receberam um convite para ser a banda de abertura do Green Day na turnê do álbum Dookie! Aceitaram de pronto, mas não sabiam qual seria a reação de públicos de até 15.000 pessoas e em lugares como o Madison Square Garden diante de letras tão diretas... Em entrevista no próprio site, o grupo revela que a receptividade foi muito melhor do que esperavam, e os problemas foram praticamente irrelevantes, apenas um incidente em cerca de 40 shows.

Apesar de não terem estourado comercialmente, a banda se manteve, e, em 2008, foi lançado um documentário sobre o grupo, chamado Pansy Division: My Life In A Gay Rock Band, com direção de Michael Carmona, apresentado em diversos festivais pelo mundo – e já lançado em DVD. Em 2009, saiu um livro do vocalista Jon Ginoli, chamado Deflowered: My Life In Pansy Division, publicado pela Cleis Press.

A banda continua “na ativa” (com o perdão do trocadilho infame), se apresentando principalmente nos EUA. No ano passado, lançaram mais um álbum, chamado That’s So Gay.

Aqui, no site oficial vocês encontram vídeos, discografia, novidades e MP3 pra baixar.

Deixo vocês com o vídeo-clipe mais genial de todos os tempos, Bad Boyfriend!

6 Comentários:

Fred disse...

Gosto de rock. E de viado. Daí basta somar... hahaha!
E todo mundo - acho - prefere sexo a chocolate... hehehe! Hugz!

FOXX disse...

não conhecia, aora é ouvir pra ver se gosto.

Serginho Tavares disse...

sempre tive essa certeza que rock é mesmo coisa de veado!
rs

Frederico disse...

Rock não é meu estilo musical preferido, mas eu curto. E sou mais novo e mesmo assim amo Edith Piaf e Billie Holiday principalmente strange fruit por que essa música é quase uma aula de história

Anônimo disse...

O post era da época do carnaval... o que mais me irrita neste periodo do ano são justamente as músicas deprimentes que toca em cada bar, esquina, casa, festa, shows... parece que o momento do ano em que todas as porcarias auditivas são ouvidas ao memso tempo com o pretexto de "animar" a data.

Sobre esta banda, eu nunca ouvi falar, mas adorei o clipe com as pelúcias kkkkkkkkk tão fofo!!!

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