Dois Perdidos no Vale Tudo

Esta semana o DPNN comemora seus dois anos de vida! Para comemorar a data, nada como um tapa no visual da página, para deixá-la com cara de tabloide sensacionalista britânico... Gostaram do resultado?

Por falar em tapa, a ressaca imperou neste domingo! Ainda ressoam as trombetas aqui dentro da minha cabeça... Mas, como diria o esquartejador, vamos por partes...

Nosso sábado começou com o maridão bem down, com problemas particulares. Quem ama alguém sabe que não há coisa pior do que ver o ser amado neste estado e se sentir impotente para ajudar. Mas, no que me coube no momento, acho que consegui levantar seu astral por algumas horas. Bem, o "astral" talvez eu não tenha levantado de todo, mas por outro lado...

A noite estava com um belo clima e maridão estava disposto a tomar um porre. Eu, como bom companheiro, estava lá para ajudá-lo, é claro. Fomos para um bar GLS para dar início à operação.  Só que desta vez ficamos lá no balcão. Um dos funcionários do bar é hétero (e corintiano) e resolveu colocar a TV na transmissão do torneio de UFC que acontecia no RJ. O coitado queria ver a luta, mas tinha de atender os gays que estavam mais interessados em ouvir ABBA e Madonna que tocavam no som. Só maridão e eu estávamos assistindo às lutas, e o cara ia toda hora perguntar para nós sobre os lutadores. E olha que a gente não estava vendo com interesse nos lutadores, viu? 

Maridão praticava artes marciais quando adolescente, nosso interesse era meramente esportivo – o que não impedia nossos gritos quando os lutadores tiravam a camisa ou  comentários sobre suas pernas. Empolgados que estávamos com as lutas – e torcendo de verdade, como dois orangotangos heterossexuais infiltrados por ali, fomos tomando uma após a outra. Quando as lutas terminaram, saímos cambaleantes pelas ruas do centrão.

Maridão não estava interessado em voltar para casa, então fomos ao ABC Bailão. É claro que ainda erramos o caminho, entramos em ruas erradas, levando o nome do blog ao pé da letra. Lá dentro estava bem divertido. Apesar do DJ continuar sem o menor timing para pista, o repertório garantia a diversão desta dupla, e levaria nosso amigo Wans ao horror: muito trash dos anos 80 e 90 (de Trio Los Angeles a Macarena, passando por Rouge, forró e axé). Dançamos bastante para evaporar o álcool do sangue e saímos de lá quando o local já estava abarrotado e não dava mais para uma minhoca se mover. Na saída ainda comentei com maridão que não me espantaria se, no final da noite, a equipe de limpeza encontrasse meia dúzia de tiozinhos pisoteados no chão...

Voltamos para casa confirmando a regra de que Deus protege os bêbados, com certeza foi Ele quem nos conduziu de volta para casa ... Ele deve ter planos mirabolantes para nós dois. O resultado foi um domingão de ressaca, mas a certeza de que a gente se divertiu bastante...