segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Dois Perdidos no "Não-Show" da Nicki French

Sabadão, dia lindo, noite melhor ainda. Maridão e eu de bem com a vida, tudo corria bem. Mas às vezes as aventuras de tornam desventuras...

Nos anos 90 – quando muitos de vocês nem tinham nascido – maridão e eu ainda não nos conhecíamos e seguíamos caminhos diferentes na vida. Um exemplo disso é nossa “formação” musical. Maridão ouvia a dance music do período, por isso conhece tudo o que era hit das pistas na época. Eu, por minha vez, estava ouvindo o britpop e o eletrônico mais alternativo (EBM) que faziam a festa das pistas underground paulistas. Quis o destino que a gente se unisse e um apresentasse ao outro seu universo e repertório de cultura pop. Eu percebi que, por puro preconceito, deixei de ouvir muita coisa boa, e ele acabou conhecendo alguns outros artistas - o que não necessariamente fez alguma diferença na vida dele, mas faz com que ele tenha alguma remota ideia do que sejam quando eu comento...

Essa digressão toda é pra dizer que sabadão fomos à Cantho para ver o show da cantora inglesa Nicki French, que dominou as pistas nos anos 90 com sua dance music. Eu confesso que não conheço bem o trabalho da moça além de alguns hits e das regravações que ela fez para sucessos das décadas passadas. Maridão também não é fã, mas curte - e também não seria sacrifício algum ir até lá, pagar um Vanessão (20 reais) e ver a moça cantando. Não seria, mas...

Maridão e eu já vimos alguns shows na casa, em geral o DJ toca até por volta de uma da manhã, e então a Silvetty Montilla faz um stand up para esquentar a galera, e logo depois começa o show musical. Foi assim com a Joe Welch, com o Double You etc. Dessa vez, o convite dizia: “Nicki French – Sábado – 23:00 – 05 de Novembro”, como vocês podem ver na imagem. 

Compramos os ingressos com antecedência e chegamos lá por volta da meia-noite (após várias outras aventuras que não caberão aqui neste relato gigante). A pista já estava beeeeem cheia. Muita gente aparentemente pela primeira vez na casa, além de vários casais heterossexuais. Dançamos animados vários flashbacks dos anos 80 e 90, maridão delirou quando o DJ tocou a maravilhosa “Pandora's Box”, do OMD (uma de suas músicas preferidas - da banda, gosto mais de "Enola Gay"). O tempo foi passando e nada do show começar. Por volta das duas da manhã o público já estava visivelmente cansado. Poucos se moviam na pista. Silvetty surge no palco, animada como sempre. Faz seu show, e quando todos pensam que subirá ao palco a Nicki French, nada! Apagam-se as luzes e o DJ volta a tocar para uma pista lotada e quase imóvel. Depois de uma hora de tribal repetitivo ( e num volume muito além do suportável), olhei bem para a cara do maridão, já quase dormindo na pista, e falei: “tudo tem limite, né? Vamos embora”. Ele topou, e lá fomos nós, atravessando com muito esforço a pista muito lotada - mesmo com as várias desistências de outras pessoas igualmente desapontadas.

Saímos de lá já depois das 3 da manhã, sem ver a cara da Nicki French. Se o show foi bom ou ruim, não sabemos. Não sabemos nem se aconteceu. O que sabemos é que é uma “puta falta de sacanagem” da casa um atraso desta dimensão. É louvável trazer artistas e promover shows, mas é preciso ser claro na divulgação. A casa funciona das 23h às 05h00 - se ela entraria em cena apenas por volta das quatro da madrugada, que isso constasse da divulgação do evento, para que o público faça sua escolha.  Nós mesmos não teríamos ido. Não sou advogado, mas, levando ao pé da letra, acho até que configura propaganda enganosa divulgar um show para a noite do dia 05, mas que na verdade só aconteceria na manhã do dia 06. Embora a gente tenha se divertido enquanto dançávamos, não foi pra isso que nos dirigimos até a casa. Compramos ingressos para ver um show, não para dançar numa balada. Até porque, balada por balada, tínhamos outras opções mais interessantes na mesma noite. 

A Cantho é legal, já nos divertimos muito por lá - apesar de tudo, nos divertimos ontem também. Mas esse tipo de coisa "queima o filme" da casa. Como consumidores, nos sentimos no direito - e no dever - de colocar o desabafo aqui no DPNN. 
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7 Comentários:

FOXX disse...

e fazem muito bem! tem q reclamar mesmo! =)

Anônimo disse...

To pagandoooooooo!huahauauhau.
Sacanagem,hein.
Heaven Is A Place On Earth,mas nao na Cantho.
Abraços.

Fernando Munhoz disse...

Eu no lugar de vocês tinha xingado meia árvore genealógica do organizador. Palhaçada das grandes!

Fred disse...

Bota a boca (ui!) no trombone! "Não-show" é óooteemooo! Melhor só a camera com discografia do Restart. Tunãoprestamesmo! Hugz!
E nem paguei cofrinho - que não sou desses! Humpft!

Gui disse...

E o melhor é que vocês mandem um email ou digam isso pessoalmente a eles, né?

Nada que um pouco de fé que as pessoas querem melhorar não resolva! :D

Wans disse...

Tem que reclamar sim. E muito! Falta de respeito da porra! Vc sabe que o bailão é a minha balada, né? Mas as vezes arrisco na Cantho. O foda é que o som as vezes tá tão ruim que aguentar até as 3h00 é osso.

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