Crônicas Vampirescas: uma sugadinha, por favor!
Sempre fui um grande fã de histórias de vampiros: no cinema, na literatura, na música, as sanguessugas sempre estiveram presentes no meu imaginário. Quando criança, adorava ler a série infantil "O Pequeno Vampiro". Até hoje me lembro de ver, morrendo de medo, filmes como "A Hora do Espanto", "Os Garotos Perdidos" e de como quase perdi o sono após ver "Nosferatu", na versão expressionista do alemão Murnau, numa madrugada dos distantes anos 80.
Mas nada disso supera o papel que o romance Entrevista com o Vampiro, da americana Anne Rice, teve na minha adolescência. Li quando tinha 12 anos, em um único dia, e fiquei absolutamente maravilhado com aquela narrativa melancólica - e ao contrário das tradicionais histórias como Drácula, aquela era totalmente carregada do mais mórbido homoerotismo!
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A trágica história de Louis de Pointe du Lac, transformado em vampiro, mas ainda mantendo seus sentimentos e culpas dos tempos de humano, o terrível destino da garotinha Cláudia e o sedutor Lestat de Lioncourt me pegaram de um jeito como nenhum livro havia feito até então - e ouso dizer, nenhum outro o fez depois.
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Quando lançaram o filme, fui ver no dia da estreia e sai decepcionado, uma parte que me agradava muito no romance, a viagem de Louis e Cláudia até a Europa fora cortada! E embora as cenas no Teatro dos Vampiros tenham sido lindas, faltava ao filme toda aquela amargura contida no livro, além de toda a tensão sexual entre Louis e Lestat. A fotografia e a direção de arte compensam, entretanto:
Na época em que li o livro, internet era obra de ficção científica, e eu nem sabia que na verdade os personagens faziam parte de uma série de livros. Quando descobri o livro "O Vampiro Lestat", segundo volume das Crônicas Vampirescas, foi como rever velhos conhecidos!
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Há passagens no livro que estão entre as mais belas que já li, em especial as cenas em que o jovem Lestat, ainda em vida, fica maravilhado, bebendo com seu "amigo" Nicolas, enquanto este toca violino. A química entre os dois, as confidências, o modo como compartilham aqueles momentos juntos, com toda a carga homoerótica, culminando com os dois decidindo fugir juntos daquele mundo... poucas vezes vi uma descrição de um amor gay como naquelas páginas! E para aquele adolescente trancafiado em seu armário que eu era, os livros de Anne Rice eram uma válvula de escape perfeita para um mundo novo.
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Mais do que a música do The Sisters of Mercy ou Type O' Negative, minha maior ligação com a cena gótica era o interesse pelo tema do vampirismo. Nunca fui maluco de me achar um vampiro ou sair por aí bebendo sangue - era época da epidemia da AIDS, não se esqueçam! - meu interesse era meramente artístico.
Mais do que a música do The Sisters of Mercy ou Type O' Negative, minha maior ligação com a cena gótica era o interesse pelo tema do vampirismo. Nunca fui maluco de me achar um vampiro ou sair por aí bebendo sangue - era época da epidemia da AIDS, não se esqueçam! - meu interesse era meramente artístico.
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Hoje em dia não tenho mais o mesmo interesse pelo tema, as criaturas da noite que me interessam são outras, não li todos os volumes das Crônicas Vampirescas e acho que nunca vou ler, mas é engraçado ver que os vampiros voltaram com tudo nesta década. Nunca li algo da série Crepúsculo, não sei se são bons, mas gostei do primeiro filme. O segundo achei muito ruim e não tenho muito interesse em ver o terceiro, mas acabarei vendo em algum momento.
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Bom final de semana a todas as criaturas da noite...
5 Comentários:
Leitor novo
Vampiros sempre mexeram com meu imaginário, são seres extremamente misteriosos. Nunca li entrevista com o vampiro, mas o filme me faz suspirar, hehe
Meu contato com o tema se deu pelo RPG Vampiro: A Máscara. Não é esses rpgs virtuais, e sim encontrar o povo, fazer seus personagens e começar a interpretar seu vampiro, ir construindo sua história e passando por todo o clima das cenas, hehe
Enfim, bons tempos, talvez o charme deles tenha feito eu me sentir seduzido pela cena gotica até hj, hehe
abs
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Sempre curti o lado misterioso da vida...histórias de vampiros e outros seres mágicos me encantam a tanto tempo q não consigo lembrar...
Os vampiros sempre foram criaturas que me atraíram e me afastavam ao mesmo tempo...Como o Fernando já joguei Vampiro:A Máscara e amava...
Mas o post me inspirou de outra forma...me lembrou das Crônicas Vampirescas e que eu ainda precisava fazer essa leitura...Uma boa idéia para o tédio dessas férias!!!
Abraços!!!
Eu tenho pena de todos os vampiros clássicos depois da saga crepúsculo...
Um monte de jovens crescendo achando que vampiros brilham no sol e são tão ou mais fortes que lobisomens...
Olha, confesso, ao ler o Vampiro Armand, não consegui chegar ao final. Eu gostei do clime homoerótico que havia na obra, mas algo ali me cansava muito e decidi desistir. Nunca mais li nada de Anne Rice.
Gosto muito de True Blood, A Gora do Espanto, Drácula de Copolla e Garotos Perdidos.
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